segunda-feira, 6 de junho de 2016

Jonas Sá - Blam! Blam!



Artista: Jonas Sá

Álbum: Blam! Blam!

Ano: 2015

Gravadora: Coqueiro Verde

Mídia: CD

Síntese crítica: 

Nos últimos tempos comecei a dar atenção para os novos artistas da MPB e tive gratas surpresas nas descobertas musicais que fiz. Realmente frente ao que foi os anos 1980 e o início dos anos 1990 as últimas décadas de 2000 e 2010 registram o ressurgimento de jovens de música brasileira de alta qualidade e linguagem moderna nas diversas regiões do país. Acho que fiquei interessado nesse disco porque ele saiu em várias listas dos melhores do ano de 2015 e além disso a capa é simplesmente fantástica. Logo fiquei curioso e baixei para escutar, mas também fiquei atento nas lojas se aparecia um CD ou vinil para comprar. Até que numa andança em uma loja consegui o CD. Valeu o esforço, o belo trabalho de arte e musical que justifica e da um gostinho especial na compra da obra física. A capa é um nu frontal do fotógrafo Jorge Bispo, da série Apartamento 302. O time de músicos que o companham também merece destaque pelo alto nível. Seu irmão, Pedro Sá, guitarrista da banda Cê do bem sucedido projeto de Caetano Veloso. Participações de Domenico Lancelloti, Donatinho, Joana Adnet, Nina Becker, Moreno Veloso além de um amplo conjunto de músicos consagrados do Rio de Janeiro como Alberto Continentino, Rafael Rocha, entre outros. O disco é definido pela maioria da crítica como uma colagem de sons, ideias musicais que o autor foi gravando e desenvolvendo com um celular ao longo do tempo. Esse rascunho musical foi desenvolvido e lapidado no estúdio. A temática do disco é ditada pela capa e bela arte do CD que é a temática da sexualidade em suas múltiplas esferas. A arte também apresenta técnicas de colagens de imagens de Molokid, o projeto gráfico do CD é de Júlia Rocha. Musicalmente o disco é muito interessante. Não foi nas primeiras audições que eu gostei, precisei de escutar algumas vezes para começar a curtir o ambiente proposto pelo artista. Considerei o disco um pouco irregular, tem 14 músicas, talvez se tivesse escolhido 11 a 12 teria ficado um disco mais regular, mas isso é uma questão de gosto pessoal. De todo modo vale destacar o alta dose de experimentalismo e sucesso na construção de uma obra contemporânea. Como destaque positivo vale a maneira escrachada e aberta que o artista usa para criar a atmosfera para cada uma das faixas. O Rio de janeiro é uma cidade sensual e sexual, nesse aspecto o disco reflete tudo que envolve esse cenário nessa Rio-Babilônia, alias, a estética da pornôchanchada dos anos 1970 sem dúvida pé uma das referência do disco.

Arte interna do CD - Colagem de Molokid




Fonte:
http://www.jorgebispo.com/category/ensaios/
http://miojoindie.com.br/disco-blam-blam-jonas-sa/
http://trabalhosujo.com.br/os-75-melhores-discos-de-2015-32-jonas-sa-blam-blam/
http://www.blognotasmusicais.com.br/2015/03/album-de-jonas-sa-blam-blam-chega-em.html
http://oglobo.globo.com/cultura/musica/jonas-sa-lanca-pop-experimental-blam-blam-16344630




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